O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta semana, a elevação da taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano, acelerando o ritmo de alta. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, utilizada como referência para diversos contratos financeiros e políticas monetárias.
Com essa nova taxa, o Brasil mantém sua posição entre os países com os juros reais mais elevados do mundo, o que reflete o esforço do Banco Central para controlar a inflação.
Juros reais: Brasil em 2º lugar no ranking global
O juro real é calculado descontando a inflação esperada dos próximos 12 meses da taxa nominal. Atualmente, o Brasil apresenta um juro real de 9,48% ao ano, ocupando a segunda posição mundial.
- 1º lugar: Turquia, com juro real de 13,33%.
- 2º lugar: Brasil, com 9,48%.
- 3º lugar: Rússia, com 8,29%.
Na ponta oposta, países como Dinamarca e Holanda têm juros reais negativos, de -2,1% e -3,92%, respectivamente.
Juros nominais: Brasil em 4º lugar
No ranking global de juros nominais, que considera a taxa sem o desconto da inflação, o Brasil aparece na quarta posição, com a Selic a 12,25% ao ano. Os três primeiros colocados são:
- 1º lugar: Turquia, com juros nominais de 50% ao ano.
- 2º lugar: Argentina, com 32% ao ano.
- 3º lugar: Rússia, com 21% ao ano.
Os últimos lugares desse ranking são ocupados por:
- Suíça: 1% ao ano.
- Japão: 0,25% ao ano.
Impactos na economia
A elevação da Selic visa conter a inflação e preservar a credibilidade econômica, mas também encarece o crédito, dificulta investimentos e reduz o consumo. Esse cenário desafia famílias, empresas e o governo, especialmente em um ambiente econômico global marcado por incertezas.