Entre janeiro e junho, o país registrou uma média de 19,2 doadores por milhão de habitantes.
Esse índice é recorde, segundo a Associação Brasileira de Doação de Órgãos, a ABTO, que espera que a taxa mantenha a tendência de alta e chegue a 20 doadores por milhão de habitantes até o fim deste ano.
A entidade também registrou, no primeiro semestre de 2023, aumento da doação de alguns órgãos, entre eles, coração e fígado.
Ao todo, foram realizados 4.247 transplantes de órgãos de janeiro a junho. O rim lidera a lista, com 2.847 dos transplantes, seguido do fígado, com 1.103 transplantes.
208 pessoas receberam um novo coração no primeiro semestre deste ano; 56 passaram a contar com um novo pâncreas e os transplantes de pulmões foram realizados em 32 oportunidades. O país também registrou 7.868 transplantes de córnea e 2.067 de medula óssea.
Apesar dos motivos para comemorar, a ABTO lamenta a quantidade alta de recusas que ainda é registrada no nosso país.
Segundo a entidade, foram 6.793 casos possíveis de doação de órgãos entre janeiro e junho deste ano; em 3.321 casos a doação de órgão, que poderia salvar vidas, não ocorreu.
Na maior parte das vezes, em exatas 1.684 oportunidades no primeiro semestre desse ano, a doação não foi realizada porque a família não autorizou o procedimento.
Entre os motivos que também impediram a doação de órgão, em alguns casos, estão a contraindicação médica, paradas cardíacas e morte encefálica não confirmada.