Gastos com a Comitiva da Primeira-Dama em Viagem aos Jogos Olímpicos de Paris
O governo federal desembolsou pelo menos R$ 203,6 mil com a comitiva da primeira-dama, Janja, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, na França. As informações estão disponíveis no painel de viagens do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e no Portal do Orçamento SIGA Brasil.
Deputados do partido Novo apresentaram um requerimento ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, solicitando explicações sobre a despesa.
Detalhes da Viagem
Janja chegou à capital francesa no dia 25 de julho e retornou no dia 29. Além de participar da abertura das Olimpíadas, a primeira-dama foi recepcionada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e participou de encontros com representantes de outros países e de bancos.
Janja viajou em classe executiva, com despesas totais de R$ 83,4 mil para as passagens de ida e volta, incluindo taxas de embarque e seguro-viagem. Ela não recebeu diárias e não há informações disponíveis sobre os gastos com hotel. A CNN entrou em contato com a secretaria de comunicação da Presidência da República e com a assessoria de Janja e aguarda retorno.
Despesas da Comitiva
A comitiva de Janja incluiu cinco assessores da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Estes servidores viajaram em classe econômica, totalizando R$ 64,8 mil em despesas com passagens, e receberam diárias somando R$ 55,1 mil para cobrir gastos com hotel, alimentação e transporte.
Segurança
Também foram emitidos bilhetes aéreos para oito agentes da Polícia Federal que acompanharam Janja durante a viagem, com despesas de passagens somando R$ 113,8 mil. A legislação autoriza agentes federais a fazer a segurança dos familiares do Presidente e do Vice-Presidente da República, embora detalhes específicos não sejam divulgados por terem caráter reservado.
Reação e Pedidos de Esclarecimento
O requerimento dos deputados do partido Novo pede que o ministro-chefe da Casa Civil explique os gastos envolvidos na viagem. A transparência e justificativa desses custos são essenciais para garantir a confiança e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.