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Sancionada lei que veta uso de “todes”, “elus”e outros tipos de linguagem neutra por órgãos públicos 

A partir de agora, órgãos públicos de todo o país — na esfera federal, estadual e municipal — estão proibidos de usar linguagem neutra em documentos, comunicados e formulários oficiais. A mudança veio com a sanção da Lei nº 15.263/2025, assinada pelo presidente nesta semana.

📌 O que muda?

A nova regra determina que toda a administração pública siga rigorosamente a norma culta da língua portuguesa. Isso significa deixar de lado termos como “todes”, “elu” e outras formas que não estão previstas nas regras gramaticais tradicionais.

A orientação faz parte da política de “linguagem simples”, que busca deixar a comunicação mais objetiva e compreensível. Entre os principais pontos estão:

  • textos mais diretos;
  • frases curtas;
  • uso de voz ativa;
  • eliminação de ambiguidades e termos vagos.

📜 O que diz a lei?

O artigo 5º é explícito ao proibir “novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas, ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) e ao Acordo Ortográfico”.

🔎 Debate antigo

A discussão sobre linguagem neutra não é novidade. Desde os anos 1990, movimentos sociais defendem mudanças para tornar a comunicação mais inclusiva e menos sexista, especialmente para pessoas não binárias.

O tema já gerou debates acalorados e até disputas judiciais ao longo dos anos. Agora, com a nova lei, o uso da linguagem neutra fica oficialmente vetado na comunicação da administração pública.

A expectativa é que todos os órgãos passem por um período de adaptação para ajustar seus materiais às novas diretrizes.